Vereadora pede construção de prédio proprio!!!

Quero parabenizar à Vereadora Janeide Rodrigues, que pediu na tribuna da Câmara, construção da sede propria da Câmara Municipal de Barcarena. Já que há anos a câmara funciona em prédios alugados...

Parabens pela colocação vereadora...

Se você acha que ela tem razão deixe seus comentários abaixo!

Saúde: no interior, o descaso é diário

Apesar de estarem localizados próximos da capital, os municípios de Abaetetuba e Barcarena são exemplos da precariedade do sistema de saúde pública. Para se conseguir uma simples consulta, moradores têm que passar a madrugada nas calçadas das unidades de saúde para ter acesso a uma simples senha de atendimento. O pior, é que as consultas nem sempre são marcadas para o mesmo dia. A maioria tem que retornar no dia seguinte para conseguir o atendimento. Além disso, não há atendimento especializado, o que acaba obrigando os médicos a encaminharem os pacientes de casos graves para a capital.

Em Abaetetuba, por exemplo, não há pneumologista no sistema público de saúde da cidade: por isso, as pessoas com doenças pulmonares são obrigadas a recorrer a unidades de saúde da capital. Aqueles que não têm condições de virem sozinhos em busca de atendimento em Belém sofrem com o problema e somente quando estão em estado grave são encaminhados em ambulâncias para a capital.

Esse é o caso do aposentado Antenor Ribeiro Vilhena, 68, que sofre com asma e tem os dois pulmões comprometidos. Na última sexta, ele e sua família estavam no hospital municipal local. O idoso passou toda a manhã respirando por aparelhos, aguardando uma ambulância para ser transferido para o pronto-socorro de Belém. “Eles mandaram aguardar a ambulância, mas o caso dele é muito grave, como o médico já nos avisou”, contou Marinilda Gomes, nora do idoso. Somente às 15h10 é que a ambulância seguiu para a capital levando o doente.

DESCASO

Da mesma forma, a família de Betânia Santos, 18, perambulava pelas unidades de atendimento público. Ela, que está fazendo tratamento para se curar de hanseníase, sofreu uma crise de inchaço e dores pelo corpo. Fez exames no hospital geral, administrado pela Secretaria Estadual de Saúde (Sespa) e constatou que desenvolveu hepatite medicamentosa. Após rodar por três hospitais , Betânia foi encaminhada da unidade municipal de saúde para o hospital Júlia Seffer, conveniado com o Sistema Único de Saúde (SUS). “Passamos a manhã andando de um lado para o outro para ela ser atendida”, conta a irmã.

SEM CONSULTAS

Na unidade básica de saúde municipal de Abaetetuba, logo na entrada um cartaz avisa que consultas com médicos especialistas, como otorrino, por exemplo, só estarão disponibilizadas a partir do dia 22 deste mês. Os usuários se queixam da demora do atendimento. Márcia Faria, dona-de-casa, levou o irmão João Faria, que tem problemas mentais, para ser atendido na sexta-feira, mas teve que chegar às 5h da madrugada para conseguir pegar a senha. Retornou com ele à tarde para ser atendido pelo clínico geral às 15 horas. A fila de espera na unidade básica era grande à tarde - mas todos disseram que estava bem melhor que pela manhã.

Em Barcarena, mais queixas nas filas de espera nas unidades de saúde. No hospital municipal da Vila dos Cabanos, os únicos dois banheiros que os usuários utilizam são exemplo do descaso com a saúde no município. A sujeira prevalece dentro e fora, não há papel higiênico, as descargas estão quebradas e em um dos sanitários ainda há um cano quebrado na parede, onde a água escorre sem parar, alagando todo o chão. Mas, o pior mesmo é a situação da fossa séptica, que fica localizada nos fundos da unidade, em frente aos dois banheiros. A tampa de concreto, quebrada, expõe as fezes aos usuários do local.

Lá também há o mesmo problema para se conseguir uma consulta com médicos especialistas. O pedreiro Jeferson Costa, com fortes dores nas costas, perambulou três semanas na unidade para conseguir uma consulta com o ortopedista. Junto com outras pessoas, ele dormiu na noite de quinta na calçada do hospital para poder conseguir a senha para o dia seguinte. Pela manhã foi incluído na lista de atendimento apenas para a tarde. “Eu já vim outras vezes atrás de pediatra para meu filho. Nunca consigo consulta com facilidade. Tenho certeza que só vou ser atendido lá pelas 17 horas. É sempre assim, a gente perde dois dias para conseguir apenas uma consulta”, lamenta o pedreiro.

Lourdes Maciel também passou a noite dormindo na calçada da unidade de saúde para conseguir consultar a filha de dez anos, com problemas no tornozelo. “Mesmo quando tem médicos, a gente tem que se sacrificar até a consulta”, diz.

No hospital público estadual a situação não é diferente. Na recepção um cartaz avisa: agendamento das consultas para especialidades médicas em Belém estão, temporariamente, suspensas.

Empresa é acusada de construir barragem sem licença no Pará

Por estar com sua represa para contenção de rejeitos completamente cheia, a empresa Pará Pigmentos, em Barcarena (PA), estaria utilizando uma outra barragem coonstruída sem licença ambiental, segundo o Ibama. A empresa trabalha com o processamento de caulim. A barragem serve para coletar os resíduos do processo industrial.
Para a construção da suposta bacia clandestina, foram desmatados, sem autorização, 50 mil metros quadrados, de acordo com o órgão federal. Nesta quinta-feira (4), a fiscalização embargou preventivamente a bacia de contenção para que não houvesse novos depósitos de rejeitos até que a empresa justificasse o uso da segunda bacia. A empresa foi multada em R$ 10 milhões por fazer funcionar empreendimento sem licença válida e em mais R$ 25 mil por desmatamento da área de floresta amazônica.
Em comunicado, a Pará Pigmentos afirma que “sempre operou dentro dos padrões de respeito ao meio ambiente e suas atividades são fiscalizadas pela Secretaria de Meio Ambiente do Estado do Pará”. As autuações estão sendo analisadas pelo seu departamento jurídico para apresentação de defesa. “A Pará Pigmentos S/A reafirma o seu compromisso com o desenvolvimento sustentável de suas atividades”, prossegue.